domingo, 27 de dezembro de 2020

Ensina-me a morrer

Amar é morrer.

Tinha saudades de amar. 

Mais uma manha cinzenta, literalmente e figurativamente. Sempre sao assim quando ela não esta por perto.

Nesta manha especialmente cinzenta, dei por mim a aperceber-me que ja nao tinha saudades de amar. Apercebi-me que já morria e que não me lembrava de acomodar tamanha dor e vontade de viver.

Não sinto a luz em mim, e ao mesmo tempo nao me relembro de reluzir com tamanha força. A dualidade de amar assombrou-me do nada, tal sentimento puro de beleza como repleto de escarnio e rancor.

Isto será certamente uma ode a todos os meus que sofrem do mesmo mal de não saber amar. Ainda nao sei do que fazer disto, mas encontro algum conforto quando comparo o que aqui se escreve à minha inaptidao profunda de amar, por muito que seja uma desculpa para estancar a hemorragia.

Quem argumenta que é melhor amar e ter perdido do que nunca ter amado claramente nunca amou como eu. Eu sei.

É triste a poesia do medo, por isso percebo o porque de quem foge dela, devagar mas certamente.

A prosa que na verdade corta mais profundamente do que a violenta e confortavel noção de que nada será o mesmo. De maos dadas com a vontade de tocar o ceu.

Nessa ultima lastima de vontade, ergo-me em direcçao a nada. Dei tudo de mim até sentir, e agora pagamos todos o preço.

Perco a noção do tempo, ao contrario da dor. Agora morro em paz.

sábado, 1 de setembro de 2018

Hemorragia interna

Vi-te no fim do penhasco, sozinha.
Acendi um cigarro e fiz o meu caminho ate me encontrar o mais perto de ti possível.
Acho que nem deste pela minha presença. Por algum motivo, isso nao me incomodou como deveria.

Dei-te a mão. Senti o agarrar incisivo dos teus dedos sobre os meus. Não olhamos um para o outro, não era necessário. Simplesmente mantivemos o foco preso no horizonte, de mãos dadas, cada um com um cigarro e um sem número de garrafas vazias atrás de nós. O nascer do sol incidia sobre ti, claramente envergonhado por não conseguir competir com a tua beleza.
Já tínhamos perdido a conta aos cigarros e ao álcool. Ninguém quis saber, só nós importávamos.

Enquanto continuava a fumar, aquele momento pareceu-me durar uma eternidade.
Sempre foi assim quando estava-mos sós.
Sempre desejei que o tempo parasse quando estava contigo. Naquele preciso momento, lembro-me claramente de o desejar novamente.
Foi aí que falaste: Que estranho - entoas-te, com o teu tom angelical - o meu relógio parou.
Não precisei de mais provas que o momento fosse eterno.

Senti os labios queimar. Perdido no momento, fumei o cigarro todo de tal forma que ja me magoava.
No entanto, a pior dor estava ainda para vir.

Olho para o lado e apercebo-me que estou sozinho, a minha unica companhia o maço praticamente vazio e ainda as inumeras garrafas atrás de mim. A minha mão, que achei estar presa à tua, agarrava um vazio cuja unica competição seria o vazio dentro de mim. Mão cerrada de tal forma que sangrava, mas a hemorragia interior corria de forma bem mais livre, de tal forma perigosa que me iria deixar seco, desprovido de vontade de continuar a luta.

Tal como a premonição, a vontade de lutar esfumou-se com o último trago do cigarro, ambos envoltos no frágil fumo que envolvia a manhã cinzenta.
Livre da vontade de lutar, senti-me em paz. Livre de tormentos, livre para finalmente viver como quisesse.

Tamanha era a liberdade que esbocei um sorriso. E saltei.
Não precisei de reviver momentos felizes durante a queda. Todos eles foram contigo e estavam bem cravados na minha memória, eternamente, e iriam permanecer bem além do meu eu corporal.

Ouço um berro. Apenas uma voz me faria abrir os olhos neste momento, a tua. A meio da queda, olho para o fundo pela primeira vez, e lá estavas tu, perfeita como sempre, à minha espera.

Só tu serias capaz de amparar a minha queda como o fizeste, com o mais mágico dos beijos e o mais fortes dos apertos. Sem forças, ajoelho-me perante ti, agora sim com um definitivo agarrar incisivo dos teus dedos sobre os meus.

Deixei-me afogar mal senti que finalmente teríamos um momento que era realmente eterno.

Um beijo mais puro

A solidão não tem o merecido apreço.

Procuro por respostas. Não sei se o faço da forma correcta, nem sei se procuro no sitio certo.
Por norma procuro-as no fundo da garrafa. Não as encontrando, abro outra na esperança vã que essa as terá.
Não tem.
A seguinte também não.
Isso não impede a minha teimosia de continuar na busca eterna, garrafa apos garrafa, cigarro apos cigarro.

A solidão não tem o merecido apreço. Enquanto a grande maioria de nos teme a solidão, eu acolho-a de braços abertos e coração partido. A solidão é minha companheira fiel e de mim inseparável.
Estarei realmente sozinho quando a considero a minha mais fiel companhia?
Abro mais uma garrafa para obter a resposta.
Mais um fundo inócuo, insípido e vazio.
Talvez a próxima.
Provavelmente o cigarro actual.
Quem diria, continuo nu.

A solidão não tem o merecido apreço. Só estando realmente, absolutamente e totalmente sozinho, alguém é capaz de se conhecer a si próprio.
Essa é a verdadeira merda.
A solidão apresenta o maior perigo à estabilidade emocional de cada um de nós.
Todos nós temos a imagem perfeita, a mentira, de quem achamos que realmente somos. Aquando rodeados de outros, a mentira prevalece alem do aceitavel, do humanamente possivel. Estende-se além da logica, da razão, e das leis naturais.

Porque na verdade, somos todos uns cobardes e as pessoas que nos rodeiam são cobardes também.

Eu planeio algo mais para mim mesmo. Essa é a razão pela qual acolho a solidão de braços abertos, coração partido e provavelmente bebado.
Ninguem sabe melhor do que eu quem eu verdadeiramente sou, aquilo que sou ou não capaz e o que realmente quero. Rodeado por outros, a verdadeira imagem de cada um de nós é distorcida para apelidar à mais recente mania, à pessoa mais próxima, ao caralho que o foda.

Só quando estamos sozinhos podemos ser realmente quem somos.

A solidão não tem o merecido apreço. A solidão é sinonimo de liberdade, significa que estamos livres das amarras que colocamos em nós mesmos aquando da mentira que queremos contar sobre quem somos. Sós, livres das amarras, atingimos a catarse e o expoente máximo da nossa absoluta personalidade. Somos finalmente capazes de largar a mascara que usamos na tentativa vã de pertencermos a uma sociedade que nos despreza e se livrará de nós à primeira oportunidade.

Na verdade, estamos todos sozinhos. Uns simplesmente têm noção, outros são simplesmente idiotas.

Eu dou à solidão o merecido apreço. Serei provavelmente dos poucos. Essa é uma das razões pela quais estou bastante só. Tal como disse, os outros são simplesmente idiotas e rodeiam-se de gente que odeiam na tentativa de se sentirem menos solitários e de perpetuarem a mentira sobre quem realmente são.
Escolhem viver uma mentira feliz do que uma verdade cruel.
São fracos, cobardes.

Prefiro ser o melhor eu que consigo ser do que a mentira nojenta que os outros pensam que sou.
É um caminho solitário. Mas verdadeiro.

A unica coisa que me faz questionar a minha opção é a constante hemorragia.
A dor perpetua.
A escuridão constante.

Questiono-me se a opção estará correcta.
Sem resposta, abro outra garrafa.
Que surpresa, o fundo desta encontra-se desprovido de respostas.

Provavelmente a próxima.

domingo, 18 de agosto de 2013

Cornerstone.

Engraçada é a maneira como um certo musculo, quando partido, altera toda a nossa prévia percepção do que nos rodeia.
Engraçada é a maneira como um certo musculo, quando destruído, nos afia os sentidos e consegue contradizer tudo o que esses mesmo sentidos nos transmitem.
Engraçada é a maneira como um certo musculo, quando devorado e cuspido, deixado à mercê de outrem sem a mais misera das piedades, nos torna simultaneamente mais fortes e, no entanto, nos transforma numa mera pálida sombra do que outrora fomos.
Engraçada é a maneira como um certo musculo, quando esmagado, requer, necessita, pede e suplica por todo o conforto necessário, enquanto repudia todas as tentativas de conseguir obter esse mesmo conforto.

É atormentador passear pela rua e alucinar a cada esquina. Todos os rostos são exactamente os mesmos, o teu. Todas as ruas são exactamente as mesmas, a tua. Todas as conversas são exactamente iguais, as que tive contigo. Todos os cigarros sabem da mesma maneira, como quando os fumava contigo.  Cada palavra, toque, som, luz, minima interação com o mundo relembra-me de ti, de nós, do que eramos, do que somos, do que podiamos ainda ser, e do que deviamos ter sido.

Chamo a todas essas pessoas pelo teu nome, na esperança que uma me responda e sejas tu. Olho-as nos olhos, e todas me lançam desdém e escarnio com o olhar, pois não querem que as chame assim. Encontro uma cara diferente, embora deveras similar à tua. Esboço um mero sorriso, enquanto me aproximo dela e lhe dou a mão. Ela estava agora perto de mim, de tal maneira que seria impossível estar ainda mais. Apago o cigarro, que continuava com aquele atormentador sabor, e encosto a minha cabeça no ombro dela. Com uma restia de piedade, ela deixa-me chama-la pelo teu nome, e assim ficamos naquele banco de jardim durante horas a fio. Não foi certamente o mais acertado que fiz, mas foi simplesmente o necessário para manter a pouca sanidade que resta.

Engraçada é a maneira como certo musculo, quando estilhaçado, nos permite observar para além de ver, e ao mesmo tempo nos tolda completamente a visão, ofuscando a mais clara das realidades e tornando nitída a mais perfeita das alucinações.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Os invisuais também amam.

Adoro momentos espontâneos de inspiração. Retiram-me todo o fardo de pensar, algo que me molda o comportamento e me impede de ser quem realmente sou. São basicamente estes raros e preciosos momentos que me impelem a escrever, pois o mero facto de já saber o que vou transcrever para a eternidade é um completo e total alívio, sendo que, e novamente, pensar tornou-se cada vez mais um fardo.

Assim sendo, fui atingido por mais um raciocínio esplendoroso que só poderia surgir de um intelecto superior e de qualidade e valor inigualável. Tão incríveis são estes meus lapsos de pura genialidade que pondero quase seriamente e com relativa preocupação se não será um desperdício não utilizar este meu maravilhoso cérebro e o que realmente aconteceria se me dignasse a utilizar todo o meu potencial neurológico. Sei que todos vocês aguardam impacientemente por esse dia, no qual deixarei toda a minha fabulosa espectacularidade fluir por todo o meu eu corporal e transcrever todos os meus pensamentos para este belíssimo espaço cibernético, de maneira a que todos se deleitem com as minhas obras e atinjam magnânimos orgasmos múltiplos durante 3 ou 4 dias, ou que simplesmente curtam buéda tótil. Mas, como na verdade quero mais é que vocês se fodam, não vos irei proporcionar momentos de tal belo prazer sem um espaço temporal relativamente alargado.

Após toda uma introdução enfadonha, ridícula e com alguma componente sexual à mistura, chegamos por fim à altura em que não consigo empatar muito mais de maneira a que esta obra-prima literária pareça bastante maior do que realmente é. Assim sendo, o momento que todos anseiam, o revelar do meu soberbo raciocínio, que contrasta com todo o teor do que escrevi até agora. Mas eu sou assim, parvo. Desculpem-me. Ou não, sinceramente não me interessa.

Dou por mim novamente a ser alvo de um acentuado problema de ego, de tal maneira que vou novamente discordar de algo previamente estabelecido na ridícula sociedade em que vivemos, da qual eu sou o único iluminado e defensor da verdade e dos oprimidos, não fosse eu o Homem-Aranha. Uma bela frase, que, seriedade à parte, serve muitas vezes de desculpa para pessoas cujos atributos estéticos são, digamos, escassos, inexistentes ou cujas faces são fruto de negligência médica aquando da realização de um aborto, a tão proferida "O amor é cego".

Não. Simplesmente não.

O amor pode ser tudo, maioritariamente um palerma até, mas de cego pouco ou nada tem. O amor tem, sim, a capacidade de moldar e alterar definitivamente a nossa opinião sobre a aparência da pessoa por quem o sentimos. Um exemplo prático para vós, acéfalos, de maneira a que a mensagem seja entregue devidamente. Um homem pode muito facilmente achar uma mulher pouco atraente da primeira vez que interage com ela, mas à medida que esta apaixonante doença se alastra, o principal sintoma será sempre o decrescer da "feiosidade" da mulher. Só assim um homem poderia conseguir dizer que a mulher era feia antes de se apaixonar por ela, para depois a mesma se metamorfosear no maior espectáculo estético que ele alguma vez presenciou. O homem saberá sempre que inicialmente achou a mulher feia, mas simplesmente tornou-se incapaz de alguma vez a voltar a considerar algo menos que perfeita aos olhos dele.Se o amor realmente fosse cego, o homem continuaria a ter uma opinião negativa sobre a aparência física da mulher e ama-la-ia na mesma, não a alteraria. O amor não é cego, o amor torna tudo belo.

Ou se calhar estou completamente errado. Muito provavelmente este pensamento advém duma pura e benevolente esperança que a  minha teoria seja verdade, senão começo a considerar seriamente uma intervenção cirúrgica a esta cara de bode semi-morto, viciado em drogas pesadas, que foi atropelado por um autocarro e andou à deriva durante 6 meses no deserto. Ou posso sempre fazer 6 tatuagens do Bieber.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Problemas de ego.


O meu acentuado problema de ego atinge neste momento proporções épicas. Apesar de eu nunca o ter considerado um problema, visto achar que tenho todos os motivos para assim o ser, deparo-me neste momento a alcançar todo um nível de espectacularidade proclamada por mim acerca da minha pessoa mesmo ao ponto de discordar com dois verdadeiro fenómenos da escrita portuguesa, Fernando Pessoa e Luís de Camões.

Discordo quase completamente duma ideia suportada por este grande senhor, que o poeta/escritor é o verdadeiro fingidor, capaz de transcrever para o papel sentimentos que naquele preciso momento não o invadem. Disso não discordo, eu mesmo já o fiz, mas posso argumentar acerca da qualidade dos mesmos. Pois o que será um texto de teor sentimental quando a nossa alma, o nosso coração, não é também transcrito? Inversamente, o que será um texto de teor cómico quando apenas somos invadidos por tristeza?
Certamente todos os escritores são fingidores, e eu, sempre e completamente humildemente, considero-me um escritor, pelo que me sinto na perfeita posição para filosofar sobre este assunto. Fingir só nos leva até certo ponto. Todos nós a qualquer momento atingimos um ponto de ebulição no qual revelamos a nossa verdadeira identidade, e damo-la a conhecer ao Mundo. Um texto de teor cómico nunca atingirá o seu expoente máximo de qualidade quando a mente divaga por caminhos mais obscuros e trespassa a barreira do fingimento. Qualquer escritor deixa um bocado da sua verdadeira alma em cada obra, por mais insignificante que essa obra seja. A alma, tal como o estado de espírito, é mutável. Quem é possuidor da magnânima capacidade de ler nas entrelinhas e observar para além daquilo que simplesmente vê, conseguirá encontrar sempre traços do verdadeiro humor que o escritor sentia no momento preciso em que escreveu a dita obra. Mais não seja pela qualidade do mesmo, pois a tão necessária e indispensável inspiração não está a ser utilizada da maneira devida.

Relativamente a outra exímia frase, também da autoria de um grande génio semântico, a tão proferida “Amor é fogo que arde sem se ver”, permitam-me também discordar. Quando o dito amor é puro, cru e indomado, a tal chama metafórica é incontrolável, ao ponto de queimar tão dolorosamente que será sempre visível. Poderias argumentar que isso seria a paixão, mas o que é o amor sem paixão? Sem o desejo incontrolável, a constante necessidade, o completo défice de lógica e toda uma ausência de racionalidade? Isso não é amor, é simples convivência com alguém por quem se detém um carinho especial, sendo que é possível controlar a nossa atitude. O verdadeiro amor deixa sempre marcas, tão distintas que são inconfundíveis e impossíveis de não reparar. Amor, quando é amor, é de tal maneira um fogo que atinge as proporções épicas de um incêndio mortal.

Desculpem-me Nando e Camões, mas desta vez vou discordar de vocês. É o que dá ser o maior.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Beterrabas e Coisas.

Imaginemos, se apenas que por instantes, os legumes fossem capazes de interagir conosco através de uma linguagem passivel de reconhecimento. Seria por fim possível descortinar todo o mistério relativo ao facto de os mesmos, supostamente, serem saudaveis. Desconfio que nem todas as Mães gostassem, muitas delas iriam para o desemprego pois a unica tarefa com a qual se familiarizam é de ordenar, sempre com amor de mãe, que o fruto do seu ventre devore a sopa toda.
Eu, por sinal, consigo imaginar-me a enveredar por todo um diálogo estimulante a nível intelectual com uma beterraba ou uma alface, pois todo eu estou quase relativamente curioso sobre a vida que estes meninos levam. Imaginemos uma vida na qual a nossa unica açao seria existir, virados ao contrário, a trabalhar para o bronze enquanto uma senhora desdentada com um capuz de marinheiro nos regava. Divinal, diria eu. Com toda uma agravante que iríamos servir de alimento num futuro próximo, alem de mais um alimento saudável, algo que demonstra toda uma utilidade perfeita no aproximar do fim aquando duma comparação com a vida de um ser humano. Ora vejamos, todos nós morremos, no entanto, apenas um de nós se torna um alimento saudável, não obstante o facto de os humanos se tornarem alimentos. No entanto, duvido que a moda da Sopa de Polegar ou Estrugido de Entranhas de Loira de Olhos Azuis-Turquesa fosse pegar, mas sem dúvida que em certos nichos se tornaria como a próxima francesinha.
Neste exacto momento contemplo a possibilidade de uma existência mais preenchida, pois perco-me em pensamentos magnânimos sobre este mundo acima descrito. Enquanto sonhar não paga imposto, continuarei a sonhar com um mundo em que as alfaces podem falar.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Palha + Palha = Feno.

Todo eu estou num momento de aborrecimento épico. Como tal, decidi vir ao meu blog, visto que estas sao as unicas alturas em que venho aqui, e como espero que tambem sejam as voces. Acabei de mentir a mim mesmo, pois sei que nunca marcam presença neste belo espaço cibernético que aqui criei. Apesar de ser o unico a concordar comigo mesmo e tendo uma população mundial, e quiça a portuguesa, a discordar, estou mesmo tentado a afirmar novamente a ideia de que estou correcto. Confusos? Também eu. Agora cabe-vos a vós descobrir se isso é bom ou não. Eu nao gostaria de nao perceber uma coisa que alguem como eu nao perceberia. Sentir-me-ia um "descerebrado" cujo propósito de existência ou é incerto, irrelevante ou inexistente. Ou quiçá nao se sabe bem, nao interessa ou nao existe. É fantástico como quase tudo pode ser perscrutado de perspectivas diferentes, todas elas dando uma nova relevância à temática perscrutada. É tambem incrivel o próprio comportamento humano, esse tao aleatório ou até mesmo estupido. Certamente ja é de facil percepção que estou simplesmente a engonhar, pois até com a minha incrivel capacidade de escrever quantidades consideraveis de nada e nao vos dar tecnicamente nada para ler, este texto está demasiado forçado. Ou aleatório. Ou estupido. Ou se calhar este mesmo texto é um reflexo de mim, uma porta para a minha alma, um livro aberto para as minhas emoções. Se calhar tambem eu me sinto aleatório. Ou irrelevante. Ou estúpido.

Não, é definitivamente só estupido. E daqui a 8 minutos são 5 da manhã. Quando lerem isto já nao sei, mas informem-me da vossa localização horaria nesse preciso momento.

Bela merda que escrevi aqui.