sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Beterrabas e Coisas.

Imaginemos, se apenas que por instantes, os legumes fossem capazes de interagir conosco através de uma linguagem passivel de reconhecimento. Seria por fim possível descortinar todo o mistério relativo ao facto de os mesmos, supostamente, serem saudaveis. Desconfio que nem todas as Mães gostassem, muitas delas iriam para o desemprego pois a unica tarefa com a qual se familiarizam é de ordenar, sempre com amor de mãe, que o fruto do seu ventre devore a sopa toda.
Eu, por sinal, consigo imaginar-me a enveredar por todo um diálogo estimulante a nível intelectual com uma beterraba ou uma alface, pois todo eu estou quase relativamente curioso sobre a vida que estes meninos levam. Imaginemos uma vida na qual a nossa unica açao seria existir, virados ao contrário, a trabalhar para o bronze enquanto uma senhora desdentada com um capuz de marinheiro nos regava. Divinal, diria eu. Com toda uma agravante que iríamos servir de alimento num futuro próximo, alem de mais um alimento saudável, algo que demonstra toda uma utilidade perfeita no aproximar do fim aquando duma comparação com a vida de um ser humano. Ora vejamos, todos nós morremos, no entanto, apenas um de nós se torna um alimento saudável, não obstante o facto de os humanos se tornarem alimentos. No entanto, duvido que a moda da Sopa de Polegar ou Estrugido de Entranhas de Loira de Olhos Azuis-Turquesa fosse pegar, mas sem dúvida que em certos nichos se tornaria como a próxima francesinha.
Neste exacto momento contemplo a possibilidade de uma existência mais preenchida, pois perco-me em pensamentos magnânimos sobre este mundo acima descrito. Enquanto sonhar não paga imposto, continuarei a sonhar com um mundo em que as alfaces podem falar.